sábado, 27 de agosto de 2016

Última Noite - Last Night

O tema de hoje, aqui no blog, é simplesmente, Terror. Um gênero que muitos amam, muitos tem medo(e devem), muitos preferem ficar bem longe de tal gêneros, outros ainda, amam terror, mas na hora de dormir é que vem aqueles 1001 pensamentos amedrontantes.

 Hoje, apresento a vocês mais um CONTO aqui no blog, dessa vez de minha autoria. 

Título do conto de terror de Maurício Vicente

Chego cansado da festa que rolou na casa de um colega do trabalho. Jogo a mochila no sofá e sigo até a cozinha, onde abro a geladeira e tomo água, na boca da garrafa mesmo. De tanto sono que estou sentindo, vou para o quarto, tiro as roupas, e ponho uma camiseta leve, branca com uns detalhes dourado,apago as luzes e fica quase tudo muito escuro, se não fosse pela luz que vinha da sala e passava pela brecha da porta. Começa a chover, o frio bate e eu me enrolo todo no lençol, sinto como se algo passasse por cima do lençol, me sento, porém não vejo nada de estranho, deve ter sido o vento, deito-me novamente e fecho os olhos, um momento...Juro que vi algo no momento exato em que fechei os.olhos, algo como alguém sentado na cadeira em que coloco roupas, estava olhando para mim e sorrindo, um sorriso grande e cheio de dentes, abro os olhos e não tem nada, acendo a luz e para ver se tem algo de estranho e o banco,  estava manchado, parecia ser vinho, mas nem vinho tomo aqui no quarto, mas tudo bem, posso ter chegado muito bêbado ontem e ter derrubado aqui. Desisto de dormir, e vou tomar um banho. Saudades de quando namorava a Rafaela, não me sentia tão sozinho nessa casa como me sinto agora, mas fiquei bêbado, e a trai,  pior erro meu....a campainha toca, deve ser a vizinha,  caminho até a porta, pergunto quem é, mas, não tenho resposta, abro-a e para minha surpresa não tem ninguém, eu a fecho, estou quase no meu quarto, escuto batidas vindo da porta, mas quem porra será?...Mais uma vez, ninguém, mas como assim? Acho que estou bêbado demais! Finalmente durmo!

 Estou deitado na cama,  está tudo escuro, apenas uma luz vindo pela brecha da porta, algo parece se mexer na cortina, tento me levantar, mas não consigo, tenho certeza que algo está lá, no escuro, pronto para me atacar...seja o que for aquilo está me assustando, fazendo um barulho estranho, como se fosse um chiado e um ranger de dentes...está andando como se fosse um cachorro em minha direção, mas ainda no escuro, não posso ver quem é, mas o que é isso? Estou paralisado e tremendo, tento correr, mas não consigo nem mexer, apenas olho com medo...agora o barulho está aumentando, e está chegando perto, andando devagar de 4, ele sai do escuro...Meu Deus, me ajuda...Tem um grande sorriso, os olhos bem abertos, e cabelos longos e pretos...chega perto de mim e me encara, estou tremendo muito, tento correr, mas não consigo...Abre a boca o máximo possível, como se fosse uma.cobra vem pra engolir, aaaaaaaaaaaaaah naaaaaaaaaaaaaaooooooo!!!!!!

 Me levanto ofegante e soado, foi um maldito pesadelo!

  Não dá mais pra ficar sozinho aqui em casa, ligarei pra uns amigos pra continuar a festa aqui em casa, vou até a sala, pegar o celular em cima do sofá. Chego na sala e o celular está em cima do rack, ao lado da TV, mas não faz sentido, tenho certeza que deixei em cima do sofá, e mais certeza ainda que não estou louco...


Protagonista do conto Última Noite

-Ryaaan! Ryaaaan! -Uma voz feminina sussurrando meu nome, estava vindo do meu quarto.

-Mas como assim? -Fico apavorado. -Quem está aí? -Grito!

Não tenho respostas, pego o taco de beisebol e vou até lá. Ninguém está no meu quarto e nem na casa, as luzes da sala se apagam, a essa altura já estou aterrorizado e em pânico. Escuto pisadas fortes como se alguém estivesse correndo pela sala, no escuro.

 -Ryan! -Um sussurro bem em meu ouvido, paraliso de medo.

A luz do quarto também apaga do nada. Medo total, é o que sinto, corro para a acender, sinto uma mão alisando minhas costas rapidamente, acendo a lâmpada, não tem ninguém.

 -Ryan, você será nosso! -Vindo mais uma vez da sala, os passos cessaram, e agora?

 Passo pelo corredor e corro para alcançar a porta, algo segura meus pés me fazendo cair e me puxa até a sala.

-Aaaaah!! -Grito outra vez, estou em desespero e aterrorizado como nunca na vida, sinto como se minha alma estivesse prestes a sair de meu corpo, o que seria isso?

 Aquilo me solta e corro mais uma vez, dessa vez consigo alcançar a porta, mas não abre essa droga, e as chaves estão na sala, tento arrombar...

-Ryan, Ryan, venha! -Vindo da sala, dessa vez, com passos fortes e cada vez mais alto.

 Está saindo do escuro, andando lentamente, faço de tudo para tentar abrir a porta, mas estou paralisado e caio no chão, sentado, sem conseguir me movimentar. A criatura sai do escuro, é uma mulher, cabelos pretos e longos, pele branca demais, alta e magra, vestindo um vestido de noiva rasgado e velho, e chamando meu nome. Ela se joga no chão, e vem andando de 4, com as pernas em frente aos braços, droga, tento me levantar, mas não consigo nem abrir a boca para falar.



Parte da capa do filme "Chamados"

 Ela se aproxima de mim, tocando minhas pernas, me fazendo arrepiar todo, parecia mais um pesadelo, em que eu tentava gritar, mas ficava mudo, é o que está acontecendo exatamente agora. Ela para, olha bem no fundo de meus olhos, e eu posso sentir o terror que emana de seus olhos negros e amaldiçoados. Ela grita para mim, e diz:

-Eu avisei que você seria meu, vivo ou morto, Ryan, lembra? -Ela disse com a mesma voz que um dia eu conhecera, mas justo hoje, estou bêbado para conseguir lembrar.

 Ela começa a enfiar a mão na minha boca, toda a mão entrando em minha boca, em minha garganta. Estou sufocando, lágrimas começam a sair de meus olhos. Ádios, Rafae...

Fim!

-Maurício Vicente

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2 comentários:

  1. Gostei muito do conto ,muito criativo e interessante e peculiar e Nn tem erros de ortografia , Very good !

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